sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A MÚSICA ATRAVÉS DOS TEMPOS

Faça uma reflexão e escreva aproximadamente uma página, articulando o texto “De quem é a música?” às atividades vivenciadas na aula presencial. Reflita sobre a música na sua vida, uma retrospectiva. Pense em momentos em que a música se fé presente e em fatos que até hoje fazem parte das suas memórias musicais com a família, os amigos, a escola ou até suas descobertas mais individuais, como, por exemplo, suas preferências. Atividade 01
A música está presente desde os primórdios da civilização humana, enquanto produção cultural do homem, porém sua função não se restringe apenas a expressão artística, psicológica, ou religiosa.

Ela também deve ser compreendida como sonoridade que identifica e constrói pré-requisitos para o desenvolvimento da oralidade humana. A emissão da voz evidencia as primeiras iniciativas na busca de interação com o mundo.

As contribuições psicológicas canalizando a angústia, o medo e a agressividade, identificam sentimentos sem expressão verbal, fazendo com que a música seja instrumento de acesso à alma humana: sentimentos, razões, reflexões que demonstram com profundidade nossa essência.


quarta-feira, 10 de outubro de 2007

LUDICIDADE E APRENDIZAGEM

1.Por que uma experiência marcada pela ludicidade pode ser muito significativa para o sujeito que brinca?
2.No Brasil as crianças são seduzidas por fortes apelos midiáticos que as convocam a consumir brinquedos. Dê sua opinião sobre: ter brinquedos x brincar com brinquedos;
3. O brincar termina quando a infância acaba? Por quê?
4. Fortuna apregoa que o brincar é um dos nossos instrumentos de transformação social mais caros. Comente.

Para o sujeito que está plenamente envolvido, identificado e conectado consigo mesmo, com a atividade e com o mundo, esta “brincadeira” é séria e implica em importância e significado contribuindo para aprendizagem. O clima de desafio, surpresa e mistério, provocado pela ação lúdica concretiza-se em aprendizagem significativa.


Mais do que ter quantidade ou variedade de brinquedos, brincar significa interagir com os outros, com as situações cotidianas, recriando-as com ou sem instrumentos estilizados (brinquedos). Lembro –me de uma reportagem sobre brinquedos e brincadeiras antigas que, no início do século passado, muito antes da era do plástico e dos brinquedos automáticos, no interior, a criançada construía seus brinquedos de sobra de ossos: com sua imaginação faziam os boizinhos, cavalos, peões, trabalhadores, etc. e brincavam de reproduzir a lida campeira interagindo com seus parceiros. Os brinquedos são suporte material para as brincadeiras. Com a imaginação fértil das crianças é possível brincar e divertir-se pra valer com imaginação e criatividade.
O que acontece atualmente com a infância, é que sabedores do potencial de mercado e consumo que as crianças representam, a mídia investe em criar desejos e necessidades de consumo com fins lucrativos, através de brinquedos descartáveis que não garantem a diversão, o aprendizado, nem a interação produtiva. Utilizando-se também do mecanismo de compensação dos pais em relação à ausência de tempo em dedicar-se aos filhos a mídia vale-se desta para vender mais, enquanto uma simples brincadeira de pegar, de jogar bola, abraçando, trocando carinhos, diálogo, risadas, para a criança tem mais significado e qualidade.

Para Tânia Fortuna, o trabalho pode e deve, também, ser lúdico. Como forma de articular trabalho e ludicidade, ela cita o sociólogo Domenico Demazi que pressupões a vida como produção de qualidade.

Enquanto a criança brinca exercita, em suas interações, os valores éticos, culturais, religiosos, morais, das relações sociais que ela vivencia. Ela recria, para si mesma, um mundo ideal de sonhos, que irá contrastar com a realidade, onde poderá assumir uma postura passiva de aceitação ou de transformação ativa, conforme os valores e verdades que ela praticou ao brincar. Para a criança brincar significa o exercício de posicionar-se frente à vida, sem medo de ser feliz, ludicamente. ( Reflexão construída a partir da entrevista com Tânia Fortuna)

Universo infantil - LUDICIDADE

a)Boneca é brinquedo? Comente.

Sim, a boneca é um instrumento que dá suporte a brincadeiras onde os papeis familiares são representados, servindo como identificação das funções de cada membro da família, descoberta e identidade sexual, interação com os conflitos familiares.

b) Futebol é um jogo? Justifique.


Futebol é um jogo que envolve a ação lúdica da criança, mas dentro de uma situação constituída por regras, convencionadas pela evolução de sua estruturação ao logo dos tempos, através de campeonatos locais, regionais, federais e mundiais, de suas federações e interações político-estruturais.

A organização em equipes, seus posicionamentos e papéis no jogo, desenvolvem o espírito de solidariedade e companheirismo, de funcionalidade dentro de um todo objetivando o lazer, o alcance de um objetivo comum. A parceria e o espírito de coletividade, predominam ao individualismo, no entanto valorizam as habilidades apresentadas pelos jogadores.









Futebol, Cândido Portinari

ARGUMENTOS E EVIDÊNCIAS

Conceituação de evidência e argumentação
Percebe-se que nem sempre aquilo que parece ser evidente, claro, preciso, o é realmente. Significa dizer que uma inferência pode induzir ao erro de análise ou juízo, seja ele legal, científico, educacional, etc. Por outro lado, percebe-se a ausência dos recursos de pesquisa e investigação, a total falta de questionamento em relação às provas testemunhais e materiais apresentadas no enredo do filme.
É neste contexto de análises superficiais que a argumentação atua com papel preponderante contribuindo para a análise e aprimoramento dos fatos. Porém é através da dialética, compreendida como exercício do diálogo confrontando tese e antítese, que se depura a verdade, aprofundando questões técnico-periciais, juízos de valor étnico-culturais, preconceitos, contextualizando provas testemunhais e materiais e contrapondo-as mediante análise contextualizada. É o recurso que utiliza o personagem principal, Davis, com a finalidade de realizar uma justa apuração dos fatos e do veredicto final. Cabe aqui um comentário pertinente sobre a questão argumentação: esta, se direcionada com parcialidade, distorcendo fatos, interpretações e conclusões, pode se utilizada como articulação para inocentar ou culpar em juízo, conforme os interesses preponderantes. Porém, se conduzida na busca da verdade, pode contribuir para revelá-la. Portanto, a argumentação pode servir como exercício de defesa ou poder, servindo aquele que a detiver a seu favor, elucidando ou mascarando situações.
ARGUMENTAÇÃO: CONCLUSÃO SOBRE O APRENDIZADO
O ser humano é limitado em suas percepções e concepções a cerca do juízo das situações e das pessoas. Ao emitir suas opiniões, impressões julgamentos e valores, o homem fala de si mesmo e da estreiteza de suas concepções, manifestando de forma parcial e limitada suas verdades conscientes e inconscientes, necessitando ser questionado, testado e até combatido, em seus conceitos, pré-conceitos, escala de valores e juízos, até que, além das evidências e inferências, a verdade seja revelada.
A proposta de reflexão coletiva sobre ARGUMENTOS E EVIDÊNCIAS a partir da audiência do filme "Doze Homens e um Destino" exercita em nós, educadores, o repensar a respeito das realidades (evidências/inferências, argumentos/ verdades) que compõem nosso dia a dia, junto aos alunos, professores e comunidade escolar.

A DIRETRIZ PRIMEIRA

A proposta inicial da interdisciplina Seminário Integrador indicava que deveríamos construir um conceito coletivo sobre argumento e evidência a partir da audiência e debate do filme DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA.
Sendo esta conceituação a diretriz primeira da construção de nossos portfólios, entenda-se como evidências as produções construídas pelas atividades propostas nas interdisciplinas deste IIIº semestre e as argumentações as conclusões e aprendizados sobre as mesmas.

Neste semestre conhecemos, aprofundamos e aprimoramos a utilização de várias linguagens como instrumentos didáticos e enriquecimento pedagógico para o desenvolvimento de aprendizagens junto ao aluno: as artes visuais, o teatro, a música, a literatura infantil, a ludicidade. Estas interdisciplinas abordaram, em suas respectivas áreas, propostas dinâmicas de construção de aprendizagens, socialização, criatividade, auto-expressão, reflexão literária, sensibilização estética musical e lúdica, assim como, provocações e desafios à nossa práxis educacional.

Este portfólio registra evidências, argumentações e conclusões das propostas de trabalhos desenvolvidas ao longo deste semestre e as aprendizagens desencadeadas a partir das mesmas.