terça-feira, 15 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

LUS E SOMBRA: FONTE DE VIDA NO PLANETA

Segundo Edgar Morin a Educação Ambiental deve ser desenvolvida desde os anos iniciais da educação básica:

“A verdadeira reforma do pensamento não pode começar pela academia e pelo Collège de France,(...) ela deve começar no nível do ensino que se chama elementar.” (Morin apud PETRAGLIA 1995, p. 83).

Apesar de criticado por uns e apoiado por outros o autor da frase propõe a construção de um novo paradigma ecológico-educacional para a conscientização da humanidade a respeito da preservação do meio ambiente, sendo esta a via de reflexão, estruturação e concretização de uma nova realidade mundial.

Se seus objetivos serão realizados ou não a história registrará, porém há urgência nesta construção de consciência para que todos nós, nossos filhos e netos tenhamos a chance de desfrutar de um ecossistema global equilibrado.

Por isso se faz mister o desenvolvimento destas reflexões e práticas educacionais visando a construção do homem mais comprometido com as realidades ambientais de seu entorno e da humanidade.

Conheça a atividade LUZ E SOMBRA: FONTE DE VIDA NO PLANETA, clicando neste link.


CICLOS DA NATUREZA: LUZ E SOMBRA

Sombra e luz, fonte de vida é a reflexão que esta atividade propõe. Nosso cotidiano apresenta esta realidade que passa desapercebida por nossas crianças (até mesmos adultos de boa formação) e que são fundamentais para seu próprio desenvolvimento físico, assim como, regula e estrutura nossas funções biológicas regendo toda a existência de vida no planeta. Compreender como acontece o dia e a noite, suas conseqüências ambientais e as implicações diretas na vida das pessoas são o alvo deste trabalho, assim como, a relação de pertinência e responsabilidade com o meio ambiente.
Veja o trabalho LUZ E SOMBRA realizado pela turma 113 e suas conclusões, clicando no link a seguir: LUZ E SOMBRA-T 113

CICLOS DA NATUREZA: NOÇÕES DE TEMPO E ESPAÇO

A relação de equilíbrio apresentada no vídeo, entre os seus habitantes e a ocupação do espaço pelos mesmos, é diretamente proporcional à postura individual e coletivo do grupo. Enquanto cada integrante do grupo assumia uma postura e posicionamento coletivo havia equilíbrio para todos desfrutarem do espaço. Porém quando cada membro passou buscar e satisfazer apenas seus interesses e necessidades pessoais, disputando privilégios entre si, o equilíbrio que já era delicado de ser mantido se tornou inviável.

Quando as ações e interesses individuais ou de uma minoria, prevalecem aos interesses coletivos, isto é, quando os interesses econômicos, políticos ou sociais de uma minoria são colocados acima do bem comum, da coletividade, ou seja, da humanidade. O desequilíbrio do sistema também acontece quando uma maioria deixa de assumir seu posicionamento pessoal em prol do equilíbrio do sistema. Estas duas posturas se aplicam aos nossos dias quanto à situação de desequilíbrio ambiental que vivemos.

Apesar de não apresentar palavras o vídeo é muito feliz e contundente ao apresentar a realidade gritante do desequilíbrio do nosso ecossistema global. Vivemos esta realidade sem o brilho da cena virtual: furacões, tsunamis, derretimento da calota polar, secas, enchentes, variações climáticas que descaracterizam estações e reforçam conclusões de que estamos em perigo e somos responsáveis pela degradação do planeta. Como aquele último personagem em uma das extremidades estamos a contemplar o tesouro que tínhamos em mãos e que agora resta-nos sofrer as conseqüências do individualismo. Dá pra reverter o processo? Só o tempo e a história poderão dizer.Certo mesmo é que ainda podemos acelerar o processo de destruição, como auto-destruição da humanidade ou retardá-la para que nossos filhos e netos possam ter condições mínimas de sobrevivência. Uma vez que não vislumbramos ações sistemáticas governamentais e políticas de preservação, nós enquanto população ativa que divide a mesma nave-mãe precisamos fazer a nossa parte.

INTRODUÇÃO DE TEMAS CIENTÍFICOS


Ao realizarem a atividade proposta desenhando a interpretação que dão a cada uma das palavras, as crianças, em sua espontaneidade, manifestam as compreensões e percepções que trazem consigo a respeito dos mais variados temas.
Não se pode ignorar ou desprezar a enorme influência que os meios de comunicação, em tempos de globalização e capitalismo, determinam nesta construção de noções e conceitos em desenvolvimento. Nossas crianças são embaladas pela mídia desde bebês, assim como, são pajeadas pelas babás eletrônicas (as televisões) durante o seu crescimento tendo ação relevante e determinante na formação de seus valores e personalidade. Por isso ao refletirmos sobre suas representações gráficas é necessário levar em conta as mensagens subliminares oferecidas, ou melhor, impostas ao subconsciente infantil, potencializada pelos apelos comerciais e desenvolvida a partir da intervenção ativa dos meios de comunicação e passiva dos responsáveis que, não atuam criticamente e terceirizam a educação dos filhos (creche, escola).

Mediante uma perspectiva contextualizada da construção do ensino de Ciências também se faz necessário uma re-leitura das significações sócio-culturais ao qual nossos alunos estão inseridos. A coleta dos saberes que trazem consigo está permeada de significações, conceitos e até preconceitos, reproduções culturais e leituras da realidade carregadas da verdade histórica que vivenciam cotidianamente. Poderemos constatar ainda maiores significações se além de desenhar oportunizarmos aos alunos que verbalizem, justificando a escolha das cenas a serem representadas. Perceberemos, então, que nossos pequenos já constroem sua leitura de mundo, meio ambiente, sociedade, política e que não são desprovidos de senso crítico, de valores e conhecimentos, mas que estão em processo de desenvolvimento para o qual nossa contribuição, enquanto professores, é fundamental para o crescimento e formação do ser consciente, crítico, humano conectado com seu tempo.
Será a partir desta sondagem e compreensão de mundo, pela ótica do aluno, que o professor irá problematizar e provocará novas construções alicerçadas aos conhecimentos e percepções já observadas por eles.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

PROPOSTA PEDAGÓGICA

A pergunta inicial para esta atividade da interdisciplina diz respeito a consideração do EU, FAMÍLIA, BAIRRO, MUNICÍPIO, ESTADO, como conteúdo, conhecimentos e organização exclusivos para se ensinar e aprender Estudos Sociais. É claro que esta afirmação trata-se de uma provocação inicial para se refletir e discutir a respeito do ensino de Estudos Sociais nas séries iniciais.
A ordenação destes enfoques surge para que a abordagem das temáticas e construções a cerca do Ensino de Estudos Sociais seja significativa e acompanhe gradualmente o desenvolvimento emocional-sócio-cognitivo dos educandos, não querendo significar com isto que o mesmo se restrinja a estes, como tópicos únicos para o trabalho a ser desenvolvido, mas graduações, digo, um nivelamento de abordagens que vais se aprofundando, ampliando, diversificando-se conforme o desenvolvimento da criança, criando condições para progredir e assimilar estruturas mais complexas a respeito do tempo e espaço e conhecimentos e conteúdos que envolvam maior capacidade abstrativa.
Sendo assim uma criança que ingressa no 1º ano do EF/9anos, por exemplo, tem condições de construir conhecimentos próximos e a partir de suas vivências EU E A FAMÍLIA, o que já não conseguiria se a abordagem inicial fosse conceitos de cidade, estado e país, por se tratarem de questões abrangentes e distantes de seu universo em construção, não atendendo a peculiaridades de seu desenvolvimento.Esta concepção de construção do conhecimento é definida com interacionista e construtivista, pois supõe “a atividade do sujeito que permite a organização interna e a adaptação ao meio.”(Piaget)
Em minha formação profissional ainda não havia sido tratado o Ensino de Estudos Sociais com tanto embasamento teórico e prático com tanta propriedade, o que aproveitei muito para desenvolver nesta interdisciplina.
Segundo os textos do livro “Estudos Sociais: teoria e prática,”o objetivo do ensino de estudos Sociais é “a construção da noção de vida em sociedade,” “compreendendo os mecanismos da organização da sociedade em que vivem em sua organização espacial e seus diferentes tempos sociais.”
Para que este objetivo seja atingido é necessário desenvolver pré-requisitos a serem construídos e re-construídos pelos alunos: “o conceito de grupo social, de organização espacial e temporal e organização das regras e normas e grupo.” “É através de uma organização de conceitos e estruturas menos complexas que se pretende encaminhar a compreensão da rede de relações de uma sociedade.” Também por isso os enfoques anteriormente mencionados ( EU, FAMÍLIA, BAIRRO, CIDADE, ESTADO) são necessários para a inserção do aluno e análise de sua realidade, explorando e interagindo com seus pares, buscando a compreensão destes mecanismos, a apropriação e construção de novos conceitos, cada vez mais complexos: tecendo redes de conhecimento e interação mais eficazes e abrangentes.
Tais redes de conhecimento serão tecidas em graduações já mencionadas acima, visando o desenvolvimento dos conceitos de GRUPOS SOCIAIS, ESPAÇO FÍSICO E SOCIAL, TEMPO FÍSICO E SOCIAL, REGRAS, NORMAS, LEIS E LEGISLAÇÃO.
Destas redes de conhecimento bem construídas ou não irão proporcionar ao educando a construção de sua leitura de mundo, sua contextualização, postura de inclusão ou não na vida sociedade (pertencimento), auto-estima, auto-crítica, questionamento e crítica social, interação ou passividade social. Daí a importância de um bom trabalho para inserção e comprometimento cidadão para o exercício da vida em sociedade.

PROJETO TEMPO/ESPAÇO

As crianças trazem consigo inúmeras vivências que, desconectadas entre si, não têm seu valor e sua significação reconhecidos. Cabe ao professor evocar tais vivências do aluno re-organizando-as e re-significando-as num contexto educacional de aprendizagem, estabelecendo relações e estruturas mentais para alicerçar novas construções e aprendizagens. Assim são construídas as noções de tempo e espaço nos anos iniciais de aprendizagem.
Objetivo: Construir a noção de tempo/espaço, assim como descoberta da identidade e pertencimento a uma família, inserida no contexto de povo e nação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo os textos do livro “Estudos Sociais: teoria e prática,”o objetivo do ensino de estudos Sociais é “a construção da noção de vida em sociedade,” “compreendendo os mecanismos da organização da sociedade em que vivem em sua organização espacial e seus diferentes tempos sociais.”

Para que este objetivo seja atingido é necessário desenvolver pré-requisitos a serem construídos e re-construídos pelos alunos: “o conceito de grupo social, de organização espacial e temporal e organização das regras e normas e grupo.” “É através de uma organização de conceitos e estruturas menos complexas que se pretende encaminhar a compreensão da rede de relações de uma sociedade.” Também por isso os enfoques anteriormente mencionados ( EU, FAMÍLIA, BAIRRO, CIDADE, ESTADO) são necessários para a inserção do aluno e análise de sua realidade, explorando e interagindo com seus pares, buscando a compreensão destes mecanismos, a apropriação e construção de novos conceitos, cada vez mais complexos: tecendo redes de conhecimento e interação mais eficazes e abrangentes.

NOÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO COM CRIANÇAS

Para as crianças a noção de tempo ainda não pode ser definida, mas pode ser construída, à medida que o egocentrismo vai sendo vencido, ela vai percebendo o seu entorno e ampliando suas concepções que, baseadas em situações concretas vai relacionando com estruturas mais complexas, realizando ensaios, tentativas até abstrair a noção de tempo que acontece por volta dos 9 ou 10 anos.

Conforme as leituras que realizamos a criança passa pelos estágios sensório-motor, intuitivo ou pré-operatório até construir no estágio operatório um conjunto de relações de sucessão, simultaneidade e dos intervalos, isto é, durações de tempo e continuidade.
Veja este trabalho na íntegra clicando nos links a seguir:
LINHA DE TEMPO COM CRIANÇAS-CONSTRUÇÃO PRÁTICA-Turma 113

ENSINO DE ESTUDOS SOCIAIS

NOVAS ABORDAGENS NO ENSINO DE ESTUDOS SOCIAIS
Para a abordagem dos temas históricos e geográficos que envolvem o Rio Grande do Sul anteriormente aos conteúdos propriamente ditos, me preocupam os pré-requisitos que envolvem o ensino dos mesmos, ou seja, a noção de tempo e espaço que os alunos trazem consigo, pois serão a partir destas noções, presentes ou não, que irão ser propostos e alicerçados os novos conteúdos.

Para que isso ocorra é preciso trazer presente ou resgatar no aluno a sua identidade histórica, através de linha de tempo pessoal, familiar, levantamento de histórico familiar (árvore genealógica), das raças que as quais seus ascendentes pertenciam, sua origem geográfica e as relações destes com as realidades atuais. Pesquisar e provocar no aluno estas noções e construções espaço-temporais proporcionarão ao mesmo os links para estabelecer relações com fatos históricos e vivências geográficas que já possuem.

Em se tratando do nosso Estado onde nossa cultura e folclore são bastante cultuados, estes só nos aproximam de fatos históricos e geográficos que perpassam quase que naturalmente ao vivenciarmos, por exemplo, a indumentária gaúcha, as canções de exaltação a terra, os feitos heróicos farroupilhas e às regiões pelo gaúcho ocupado e desenvolvido.
Nosso folclore tão evidenciado oferece links de relação aos principais fatos históricos, geográficos, culturais e étnicos da formação do nosso povo.

Desde Tratado de Tordesilhas que destinava as terras do RS para a coroa espanhola, as missões jesuíticas, o Tratado de Madri, Os Setes Povos das Missões a construção do Forte Jesus-Maria-José, que daria origem à cidade de Rio Grande, as Charqueadas, a Revolução Farropilha, a Fundação de Porto Alegre, as imigrações todos estes fatos se inter-relacionam, assim como, podem ser referendados como pontos geográficos onde a história aconteceu e acontece ainda hoje.

As principais regiões geográficas de nosso Estado desenvolveram características próprias a partir de seu legado étnico-histórico-cultural que não pode ser omitido por sua ação determinante na construção identidade histórica do nosso povo. Por tudo isso é que nós gaúchos nos orgulhamos de nosso passado histórico, do encontro de culturas que nosso solo abriga, que se reflete nesta construção cultural de povo que se identifica como “AH, EU SOU GAÚCHO!”

Estudar o Rio Grande do Sul em seus aspectos humanos, econômicos, sociais, histórico e geográfico significa conhecer, identifica-se, construir e amar a nossa herança cultural: o ser gaúcho.

TRABALHANDO COM PERGUNTAS

AUTO-AVALIAÇÃO
Nós, professores, formados no espaço político-histórico da ditadura militar, compreendido entre os anos de 1964 a 1985, sofremos a interferência direta do Estado de força e imposição, principalmente de liberdade de expressão e reflexão, no ato de pensar. Por longos e infindáveis 30 anos foram retirados de nossos currículos aquelas disciplinas que favoreciam o despertar crítico do ser humano, limitando-nos a obedecer ordens sem questionar. Foi neste contexto de formação que nasci, cresci e desenvolvi minha formação pessoal e profissional. Mas sendo o ser humano, “a suprema obra do criador”, também fomos capazes de superar esta “acefalia social” que tentaram nos impor.

Atualmente, buscamos resgatar em nossas identidades, a reflexão, o questionamento, crítica, até mesmo dar vazão àquelas dúvidas existenciais: quem sou, de onde vim, para onde vou...

Vivemos uma crise de valores éticos, morais, políticos e estruturais sem precedentes onde a corrupção corrompe, a violência esmaga, a miséria deteriora estômagos, mentes e corações e o ser humano descrê de si mesmo, como esperança de mudança. Porém, se semearmos e cultivarmos bem novas consciências, aí sim, teremos esperanças de mudanças.

Penso que trabalhar com perguntas vai além de provocar e desafiar novas construções e conhecimentos: significa instigar, no aluno sua capacidade de pensar sobre o que está aprendendo, porque e para que serve, sistematizando a prática da reflexão sobre si mesmo e a realidade que o cerca: libertar daquela “paralisia cerebral” provocada que nós sofremos naqueles tristes anos.

Policio-me, enquanto educadora, porque tendo sido formada naqueles moldes, sou tentada a oferecer respostas prontas como se soubesse as respostas pra todos os questionamentos, porém, auto-avalio-me e constato que meus alunos são bem perguntadores e ainda lhes instigo com muitas outras provocações: o que aprendemos com isto? Para que serve? Qual era o segredo desta atividade?(o que está por trás disto) E, nos seus 7,8 aninhos eles já correspondem reflexiva e criticamente. Isto significa que estou rompendo com aquelas amarras que me formataram.