1.Por que uma experiência marcada pela ludicidade pode ser muito significativa para o sujeito que brinca?
2.No Brasil as crianças são seduzidas por fortes apelos midiáticos que as convocam a consumir brinquedos. Dê sua opinião sobre: ter brinquedos x brincar com brinquedos;
3. O brincar termina quando a infância acaba? Por quê?
4. Fortuna apregoa que o brincar é um dos nossos instrumentos de transformação social mais caros. Comente.
2.No Brasil as crianças são seduzidas por fortes apelos midiáticos que as convocam a consumir brinquedos. Dê sua opinião sobre: ter brinquedos x brincar com brinquedos;
3. O brincar termina quando a infância acaba? Por quê?
4. Fortuna apregoa que o brincar é um dos nossos instrumentos de transformação social mais caros. Comente.
Para o sujeito que está plenamente envolvido, identificado e conectado consigo mesmo, com a atividade e com o mundo, esta “brincadeira” é séria e implica em importância e significado contribuindo para aprendizagem. O clima de desafio, surpresa e mistério, provocado pela ação lúdica concretiza-se em aprendizagem significativa.
Mais do que ter quantidade ou variedade de brinquedos, brincar significa interagir com os outros, com as situações cotidianas, recriando-as com ou sem instrumentos estilizados (brinquedos). Lembro –me de uma reportagem sobre brinquedos e brincadeiras antigas que, no início do século passado, muito antes da era do plástico e dos brinquedos automáticos, no interior, a criançada construía seus brinquedos de sobra de ossos: com sua imaginação faziam os boizinhos, cavalos, peões, trabalhadores, etc. e brincavam de reproduzir a lida campeira interagindo com seus parceiros. Os brinquedos são suporte material para as brincadeiras. Com a imaginação fértil das crianças é possível brincar e divertir-se pra valer com imaginação e criatividade.
O que acontece atualmente com a infância, é que sabedores do potencial de mercado e consumo que as crianças representam, a mídia investe em criar desejos e necessidades de consumo com fins lucrativos, através de brinquedos descartáveis que não garantem a diversão, o aprendizado, nem a interação produtiva. Utilizando-se também do mecanismo de compensação dos pais em relação à ausência de tempo em dedicar-se aos filhos a mídia vale-se desta para vender mais, enquanto uma simples brincadeira de pegar, de jogar bola, abraçando, trocando carinhos, diálogo, risadas, para a criança tem mais significado e qualidade.
Para Tânia Fortuna, o trabalho pode e deve, também, ser lúdico. Como forma de articular trabalho e ludicidade, ela cita o sociólogo Domenico Demazi que pressupões a vida como produção de qualidade.
Enquanto a criança brinca exercita, em suas interações, os valores éticos, culturais, religiosos, morais, das relações sociais que ela vivencia. Ela recria, para si mesma, um mundo ideal de sonhos, que irá contrastar com a realidade, onde poderá assumir uma postura passiva de aceitação ou de transformação ativa, conforme os valores e verdades que ela praticou ao brincar. Para a criança brincar significa o exercício de posicionar-se frente à vida, sem medo de ser feliz, ludicamente. ( Reflexão construída a partir da entrevista com Tânia Fortuna)
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