quinta-feira, 20 de novembro de 2008

REFLEXÃO SOBRE TÓPICOS - O.G.E


1.Gestão Democ. da Educ. e Gestão da Educ. Escolar
Neste primeiro tópico, através da construção de uma planilha de contrapontos, realizamos um paralelo entre gestão da escola tradicional e a gestão da escola democrática, na qual estamos inseridas atualmente. Confrontando as principais características destas duas realidades gestoras, estabelecemos diferenças e nos situamos historicamente no contexto contemporâneo de nossas ações efetivas e atuais no fazer e construir a escola cotidianamente.
A gestão patrimonialista foi, durante muito templo implementada, servindo essa ao modelo político e social idealizado pela ditadura, como forma de controle da sociedade, portanto ela constituía também ser um instrumento de dominação de massas.
Já a gestão democrática surge em um contexto onde a democracia urge ser implantada para o resgate da cidadania, da autonomia, da livre expressão, da participação sistemática que fortalece os pilares de uma sociedade que anseia por transformações.
Com sistematização da gestão democrática nas escolas se cria a possibilidade da educação de uma nova geração e comunidade com habilidades e competências para a participação cidadã do processo democrático regional e nacional. Porém não só a participação ideal deve ser democratizada e acontecer: estas devem construir as mudanças que levem a democratização das condições de saúde, emprego, de renda, de saneamento básico, enfim, reais e melhores condições de vida para todos.
A democracia que queremos e precisamos não aquela onde apenas se compartilham idéias, mas asseguram condições dignas de sobrevivência, saúde, educação, cultura, saneamento, de emprego e renda para todos.

2.Organização Curricular da Escola e Avaliação da aprendizagem
Neste tópico, fomos buscar nas concepções de currículo e avaliação conceituadas em nossa PPP e Regimento, confrontando-as com as realidades de sua implementação do cotidiano escolar.
Percebo que estas diretrizes servem como metas que devemos perseguir e conquistar, pois para a qualificação e execução do processo não basta apenas ter um belo projeto pedagógico com definições e linhas de ação democráticas, é preciso de recursos humanos preparados e comprometidos com esta missão: a transformação social por meios educacionais, assim como uma mantenedora que também proporciona as condições sistemáticas para essas mudanças.

3.Espaços para a Construção de uma Escola Pública Democrática
Neste terceiro tópico analisamos as relações entre a PPP e o Regimento Escolar como forma de se criar e assegurar por vias legais o espaço para a construção de escola democrática que queremos.
Através da participação articulada da Comunidade escolar, em segmentos, esta indica, analisa e aprova as linhas de ação da escola de acordo com as necessidades compreendidas como prioritárias para implementação em programas e projetos de ação que venham a contemplar tais necessidades. A Proposta Político Pedagógica sintetiza os anseios desta comunidade constituindo linhas de ação na forma de propostas, político porque é resultado da interação da comunidade escolar e pedagógica porque estas são direcionadas para a ação educativa do todo escolar.
Para que tais propostas sejam implementadas é preciso que estejam regimentadas, isto é, dispostas nas formas das leis e que legitimam tais processos. O Regimento Escolar, em consonância com a PPP, deve prever a forma de ação de cada segmento, em seus direitos, deveres, objetivos e metas de ação, oferecendo clareza e funcionalidade às atribuições de cada personagem, setor, departamento, agremiação,etc, envolvido no processo educativo dentro da Comunidade Escolar.
Ao refletirmos sobre estes tópicos estudados estamos radiografando o funcionamento atual de nossas escolas, assim como, compreendendo sua estruturação e refletindo sobre importância e o comprometimento necessário de cada um de seus segmentos e indivíduos. Cada escola, porém, possui a sua caminhada, no seu ritmo, o seu histórico e a sua comunidade em processo democrático mais ou menos acelerado, mas a caminho, como sociedade democrática e cidadã que queremos.

domingo, 16 de novembro de 2008

GESTÃO DEMOCRÁTICA

Uma reflexão e comentário
Como as colegas vêm mencionando o processo de Gestão Democrática que, diga-se de passagem, é relativamente novo, pois vêm sendo implantado a partir da LDB, representa um avanço na forma de gerir o ensino público, porém há muito o que construir. Para quem viveu a ditadura e a mordaça institucional nas idéias e na participação, sabe o quanto aqueles anos foram difícies, onde era propibido pensar e fazer diferente.Partindo do pressuposto da participação reponsável da Comunidade Escolar, a gestão Democrática re-dimensiona e distribui a ação dos sujeitos, organizados em segmentos com voz e ação política, interagindo no universo escolar, como prévia de exercício da ação cidadã na sociedade.Neste ano de re-construção das PPPs estamos vivenciando bem de perto este processo, pois a discussão da escola que temos em relação à escola que queremos remete à mudanças e posturas diferenciadas, confrontando e desmascarando os discursos frente a atuação comprovada dos sujeitos.Não é um processo indolor, pois para aqueles que ainda não sabem agir politicamente num confronto de idéias e papéis ficam mágoas, mas é mister agir com a razão e não apenas com os sentimos ou corporativismo de uma postura tradicional. É preciso avançar no rumo de aprimorar as práticas educacionais constrindo uma escola com proposta e prática real de transformação social e cidadã.Vamos ver se este \"concurso\" pelo qual as direções estadiais deverão passar não seja apenas um artifício de indicação, controle e manipulação

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

REFLEXÕES SOBRE MINHA PROFISSÃO


Em resposta aos questionamentos e reflexão sobre a minha profissão devo registrar que sou professora nomeada há 25 anos completos dentro do plano de carreira do município de Gravataí, sempre em sala de aula sem ter gozado nenhuma licença prêmio. Para não repetir as reflexões anteriores, já relatada pelos colegas, trago, então, a seguinte reflexão.
Penso que nosso plano de carreira municipal precisa ser repensado pois se adoecemos e necessitamos nos afastar de nossas funções, por justo motivo, a primeira coisa que desaparece é o nossa uni docência, mesmo com anos de direito adquirido. Também nas férias, nossos salários são descontados por não exercermos tal uni docência no mês de fevereiro. É assim que a cidade da qualidade valoriza seus profissionais em educação.
Só para ilustra melhor o quadro local de prioridades quanto a educação, os professores e funcionários municipais precisaram paralisar suas atividades na tarde de 06/11/08, manifestando-se publicamente à sociedade em defesa de nosso Instituto de Previdência- IPAG, pois a mantenedora, a prefeitura municipal de Gravataí, recolhe os 4,5% de nossos salários, juntamente com os seus 4,5% da classe patronal e não repassa ao nosso instituto para que este possa honrar seus compromissos e convênios médicos com várias entidades. Há várias destas clínicas, médicos e até mesmo hospitais que estão se descredenciando deixando de prestar seus serviços a nós, os servidores que somos descontados religiosamente e não podemos usufruir deste atendimento tão necessário a qualquer trabalhador (além de passarmos pelo constrangimento moral de caloteiros por tabela).
Esta situação vem se arrastando por alguns anos e o IPAG pode falir juntamente com nossos direitos à saúde e aposentadoria escoarem ralo a baixo, pois além do descaso e desrespeito demonstrados nos remetem a desesperança de um futuro próximo incerto.
Esta é apenas um enfoque da questão educacional na qual estamos inseridos.
O ângulo a perspectiva que relatarei a seguir diz respeito a uma leitura de educação e sociedade contextualizada.
Nós professores somos a linha de frente de guerra civil que se trava na interior da sociedade brasileira, no conflito entre a cidadania e a marginalidade. Vivenciamos junto aos nossos alunos, em nosso dia a dia, a luta pela sobrevivência digna ou a paralela. O capitalismo obriga aos pais a uma roda viva em busca de condições mínimas de sobrevivência, enquanto estes repassam a nós, suas responsabilidades na ação de educar. Gerações estão sendo manipuladas pelos meios de comunicação de massa e a sociedade não acorda para o dever de todos: educar. Somente a instituição escola não dá, nem dará conta desta missão que cabe a toda a sociedade: priorizar educação para semear e colher futuro,pois todos estaremos no mesmo barco.